Jessie J está prestes a se apresentar no Brasil e antes mesmo de chegar ela já está conversando com vários jornais. O Jornal O Globo publicou uma entrevista com a cantora, onde ela fala sobre o show no Rock in Rio, o novo álbum e o momento atual da sua carreira. Confira:

Jessie J: ‘Quando eu surgi, não conseguiam dizer com o que eu parecia’

Atração do Rock in Rio e com show também em São Paulo, cantora de ‘Price tag’ e ‘Bang bang’ quer que público faça parte do espetáculo

Uma estrela pop de fato e direito, a inglesa Jessie J , de 31 anos, avisou no último dia 24 aos seus 8,5 milhões de seguidores no Instagram que iria sair por um tempo da rede social para se concentrar “na vida real”.

— Era algo muito importante a fazer. Não tem a ver com Instagram, mas com o fato de que eu quero criar, me inspirar, o que era difícil com tantas informações todo dia na minha cabeça. É igual quando você sente aquela necessidade de ir para o campo respirar ar puro — conta por telefone a artista que volta ao Brasil este mês para shows em São Paulo (dia 27, no Espaço das Américas) e Rio de Janeiro (29, no Palco Sunset do Rock in Rio ).

Sucesso mundial com as músicas “Price tag”, “Domino”, “Nobody’s perfect” (de seu álbum de estreia, “Who you are”, de 2011) e “Bang bang” (com Ariana Grande e Nicki Minaj, lançada no terceiro álbum, “Sweet talker”, de 2014), Jessie não conseguiu outros hits na música, mas só faz ampliar sua celebridade nos últimos anos — seja na TV, como jurada técnica do “The Voice Kids” da Inglaterra, ou em Hollywood, como namorada do astro Channing Tatum . No entanto, ela diz não levar a sério o jogo da mídia — a carreira musical continua a ser a prioridade:

— A fama é parte do meu trabalho, é algo que posso usar de uma forma criativa.

No Rio de Janeiro, Jessie dividirá o Sunset dia 29 com um time de atrações brasileiras eminentemente feminino, do qual farão parte IZA , Alcione , As Bahias e a Cozinha Mineira e Kell Smith .

— A melhor coisa na vida é ser mulher e poder se comunicar com outras mulheres, será uma noite incrível — avisa ela, dando pistas do que fará em seu show. — Cantarei os singles de todos os meus álbuns e mais algumas das minhas músicas favoritas. Não há expectativas, nem roteiro, gosto que os meus shows sejam diferentes cada noite.

No ano passado, depois de quatro anos sem lançar álbuns, a cantora voltou com nada menos que dois discos. Experimental, mais voltado para o r&b moderno, “R.O. S.E.” foi a reunião de quatro EPs conceituais: “Realisations”, “Obsessions”, “Sex” e “Empowerment”. Já “Christmas album” foi o seu álbum de Natal, onde cantou canções clássicas como “Jingle bell rock”, “White Christmas” e “Silent night” (o nosso “Noite feliz”) com produção de mestres como David Foster, Babyface, Jimmy Jam e Terry Lewis.

— Eu sempre procurei fazer coisas diferentes na minha vida e nunca quis ser confinada a um gênero, a uma caixa. Quando eu apareci, em 2010, os jornalistas e os críticos não conseguiam dizer com o que eu me parecia. Sempre quis ter o meu próprio lugar, celebrar a minha individualidade — diz Jessie. — “R.O.S.E.” era uma terapia, algo que eu precisava fazer para mim mesma, não importava se eu fosse lançá-lo ou não. Já o disco de Natal era aquilo mesmo: eu gravando canções natalinas com alguns dos meus produtores favoritos e tentando fazer algo que pudesse durar além das festas.

Ainda em 2018, a inglesa apareceu na sexta temporada da competição de canto chinesa “Singer” e saiu de lá três meses depois como a primeira cantora estrangeira a vencer o programa, com quase metade do total de votos do público chinês.

— A beleza da China está em todo o mistério que ainda existe lá para os ocidentais e na forma com que os chineses caminham pela vida, na música que eles fazem — avalia. — Fiquei muito feliz por ter sido aceita pelos chineses, mesmo tendo sido criada em uma tradição tão diferente, que é a inglesa. Meu canto nunca foi tão bem aceito, em nenhum outro lugar, quanto lá.

Em 2014, Jessie J se mudou de Londres para Los Angeles, onde, ela dizia, era vista de verdade “como uma cantora”. Hoje, de volta à sua cidade natal por causa do “The Voice Kids”, ela reflete:

— A felicidade vem da sua trajetória na vida, e eu vivo na estrada. Minha casa é onde meu coração está, e minha casa sempre será o Reino Unido, mas posso viver em qualquer lugar — diz, ela, que não deixa de se preocupar com os efeitos do Brexit. — Seja lá pelo que o Reino Unido está passando agora, ele vai sobreviver.

Nos próximos dias, Jessie J entra em estúdio para começar mais um álbum.

— Pretendo gravar o que quer que saia dos nossos ensaios. Meu primeiro álbum foi assim. Ele foi o meu disco mais bem-sucedido justamente porque eu não tentei ser algo diferente, eu simplesmente fiz com que acontecesse. E é o que eu vou tentar fazer de novo. Quero criar grandes canções, e se elas soarem um pouco diferentes do que de costume, é assim que vão ficar.

Os ingressos para o show da Jessie J em São Paulo ainda estão disponíveis no site da Ticket360. Já os do Rock in Rio, estão disponíveis na venda extraordinária pelo site Ingresso.com.

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