Jessie J não quer mais dançar sem ter vontade. A cantora britânica aproveitou boa parte da entrevista ao G1 para desabafar sobre “períodos difíceis” e “momentos ruins”. Ela passou por problemas de saúde mental e insatisfação profissional.
A volta ao Brasil neste mês para shows no Rock in Rio e em São Paulo, será em uma nova fase. Segundo ela, mais livre e feliz. No ano passado, dois acontecimentos mudaram os rumos da carreira:
Jessie relembra o show no festival em 2013 e fala sobre o repertório diferente dos anteriores da turnê atual, “com mais músicas antigas”.
Após o sucesso na TV chinesa, ela diz que toparia fazer parte de algo parecido no Brasil. “Adoraria participar do ‘The Voice’ ou talvez ser uma técnica convidada”.
G1 – Você cantou no Rock in Rio, no Brasil, há seis anos. Eu estava lá e foi bem divertido. Como foi a experiência para você?
Jessie J – É até difícil explicar o quão incrível foi aquela noite. Eu curti cada minuto. Os fãs que eu tenho no Brasil são tão… dedicados, apaixonados. E eu fiz uma promessa a eles de voltar ao Brasil o mais rápido possível. Acabou demorando mais tempo do que pensei, mas fiquei cobrando do meu empresário, dizendo “eu tenho que voltar, eu tenho que voltar”.
G1 – Lembro do Rock in Rio Lisboa, pude te ver lá, mas em um palco menor. No Rio, você cantou no palco maior e volta em um palco mais intimista, que talvez até tenha mais a ver a nova fase da sua carreira. Como é isso para você?
Jessie J – Eu não me importo com esse tipo de coisa. Eu só penso que estarei lá com minha banda, e me sentindo agradecida pela chance de estar de volta ao Brasil. O Rock in Rio é um dos meus festivais favoritos e o show no Rio é um dos meus favoritos de todos os tempos. Não será só mais um show para mim, nem sei explicar. Sabe quando você sonha com algo e você joga pro universo e diz: “Eu quero que isso aconteça”? Vai ser demais.
G1 – Como pretende misturar músicas novas e hits?
Jessie J – Eu terminei minha turnê mundial com uns 48, 49 shows. Foi meio difícil juntar músicas como “Bang, bang” e “Price tag” com outras como “Not my ex”. Eu só procuro saber quais músicas meus fãs querem ouvir. Será um show um pouco diferente dos da turnê, com mais músicas antigas. E eu estou empolgada, cara.
G1 – Falando da sua carreira agora: você foi a primeira popstar de fora da China a vencer um programa de calouros da TV chinesa. Por que aceitou esse desafio?
Jessie J – Hmmm… Por que adoro um desafio. E eu adoro evoluir, adoro aprender. Eu nunca na minha vida quero ficar encostada, pensando que já tenho o sucesso o suficiente para me arriscar. Eu fui convidada algumas vezes e de uma hora pra outra eu pensei: “Ok, vamos nessa”.
Eu queria me desafiar como performer e cantora. Queria ter a experiência de viver uma cultura diferente, porque em turnês você fica poucos dias e não tem tempo de viver o país que você está.Queria fazer o mesmo no Brasil, saber de tudo da cultura local. Eu amo aprender sobre a cultura de onde estou.
“Se eu não estivesse no programa, sequer saberiam que ele existia. Eu sinto que ajudei a diminuir a distância entre a China e os outros países. Até porque lá não tem Instagram, Twitter, gravadoras… É difícil abrir uma porta para que conheçam a música chinesa.”
G1 – Tendo gostado tanto, tenho que perguntar: você participaria de um programa parecido no Brasil como técnica ou caloura?
Jessie J – Depende da proposta. Eu amo o Brasil, mas claro que eu adoraria participar do “The Voice” ou talvez ser uma técnica convidada. Mas quem sabe, cara, o futuro é cheio de possibilidades, né?
G1 – Você já disse que costumava escrever e cantar mais músicas inspiradas em cantoras como Lauryn Hill e Whitney Houston, quando tinha 17 anos. E então passou para músicas mais radiofônicas, dançantes… E agora diz estar de volta aos sons da sua adolescência, cantando mais ‘músicas que gostaria realmente de ouvir’. Como foi esse caminho até aqui?
Jessie J – Eu sou uma pessoa que tenta viver o momento. Cada parte da minha vida me fez chegar até aqui. E eu me diverti, sabe? [Risos] Não é tão fácil estar nessa indústria, mas eu tenho um time excelente comigo. Eu tento todos os dias acordar com um sorriso no meu rosto.
“Eu tento cuidar do meu corpo e da minha mente. Claro que tem dias que gostaria de ter um emprego normal, de poder me dar ao luxo de ter um dia ruim e não ser uma pessoa pública. É difícil me dar um momento assim, porque não quero decepcionar as pessoas.”
Mas sou agradecida por poder viver da música e ter passado por períodos difíceis, mas tirando algo positivo disso. Não deixei que esses momentos ruins me dominassem. Hoje, eu me sinto mais livre para botar tudo o que sinto na minha música.
Eu estou em uma posição mais segura, mais feliz do que há uns anos. Você pode ouvir isso no meu álbum mais recente. Eu me sinto animada por fazer algo real. Às vezes, ainda tem como ser honesta, né? [Risos]
G1 – Legal ouvir isso. Mas voltando à parte irritante… Você ainda ouve piadas com ‘Price Tag’ [maior hit da carreira] citando os versos? Tem gente que disse que sua ida para a China foi apenas ‘about the money, money, money’ [refrão da música]?
Jessie J – Ah sim… Mas essa música eu escrevi com outro sentido. Quando eu disse que “não era só pelo dinheiro” foi no sentido de que queria continuar minha carreira sem me vender. Nada que tenha feito ou que escrevi foi falso, eu escrevo sempre direto do meu coração. E eu não vejo a hora de cantar “Price tag” no Rock in Rio.
G1 – Embora goste das suas músicas, como essa, a primeira vez que ouvi seu nome foi por você ser a compositora de ‘Party in the USA’ [cantada por Miley Cyrus]. Ela é tão boa e fez tanto sucesso… Você se arrependeu de ter dado para ela?
Jessie J – Não… As pessoas falam isso para mim agora, porque eu fiz sucesso como Jessie J. Mas quando eu dei a ela essa música ninguém sabia quem eu era. Ninguém conhecia minha música. Então, não tem como me arrepender de uma situação que não tem o mesmo sentido do de hoje.
Miley fez com que aquela música se tornasse um hit. Não seria um hit sem ela. E eu serei agradecida pra sempre por ela ter me ajudado a conseguir uma chance na música, por meio desse sucesso.
G1 – Você já foi jurada e concorrente em programas de calouros. Como é cada função?
Jessie J – A experiência é diferente, mas gosto dos dois tipos de conhecimentos. Quando eu era técnica, tentava ser a melhor que poderia ser.
É importante para mim sempre ter certeza de que estou ajudando a desenvolver o talento daquelas crianças [do “The Voice Kids” britânico]. Eu tenho que manter a razão, a técnica, a emoção… Não é uma questão ali de fama, de ego… Não é isso que eu quero para mim.
Vocês pediram e a gente atendeu! ✨
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Em poucos dias a Jessie J desembarca no Brasil com a The Lasty Tour. 😱 E estamos muito felizes em anunciar uma super parceria com a Mercury Concerts e a Universal Music Brasil. 🤩
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Juntas daremos a oportunidade de um fã e um acompanhante assistirem ao show em São Paulo e de quebra ganhar o álbum “Who You Are” autografado.* Então se liga aí nas regrinhas: 😉
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1⃣ Seguir @acessojessiej no Instagram
2⃣ Seguir @mercuryconcerts no Instagram
3⃣ Seguir @umusicbrasil no Instagram
4⃣ Curtir a foto oficial no Instagram
5⃣ Compartilhar a foto oficial nos stories do Instagram marcando @acessojessiej
6⃣ Comentar marcando o amigo que quer levar ao show + as hashtags #mercuryconcerts #jessiej no Instagram
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⚠ OBSERVAÇÕES:
– Essa promoção é de cunho integralmente recreativo e não tem qualquer custo para seus participantes;
– Quanto mais você comentar mais chances tem de ganhar!
– Não serão aceitos perfis de páginas, páginas de fãs, famosos e lojas.
– Período de participação compreendido entre as 20h do dia 09 de setembro e as 20h (horário de Brasília) do dia 21 de setembro;
– É obrigatório que o participante esteja seguindo o perfil da Acesso Jessie J, Mercury Concerts e Universal Music Brasil no Instagram;
– O prêmio consiste em um kit contendo 1 “Who You Are” autografado + 1 par de ingressos pista comum para o show da Jessie J em São Paulo a ser realizado no dia 27/09/2019 no Espaço das Américas;
– Não nos responsabilizamos por eventuais custos com passagens, estadia e alimentação do contemplado e seu respectivo acompanhante.
– O vencedor será determinado através de um sorteio. Após o primeiro contato, o premiado terá dois dias úteis para nos retornar com todos os dados necessários;
– Essa promoção é válida somente para residentes em território brasileiro;
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Boa sorte e a gente se encontra lá! ☺☘💜
Faltam só 20 dias para o primeiro de dois shows que Jessie J fará no Brasil. E a imprensa brasileira está conversando sobre a carreira e a expectativa da cantora sobre a vinda ao nosso país. O Jornal O Globo conversou por telefone no início da semana com a Jessie, e agora o Portal POPline traz mais detalhes sobre o que esperar das apresentações. Confira:
Quando recebi a notícia, meio que de última hora, que iria entrevistar Jessie J por telefone, logo muitas lembranças vieram à minha cabeça.
Lembrança de quando ouvi e me viciei em “Do It Like a Dude”, de quando comprei o primeiro álbum de Jessie J numa loja aqui em minha cidade (Natal-RN). Lembro também de quando nossa editora-chefe, Amanda Faia, me apresentou ao seu marido (na época noivo), como “esse é o Kavad. Quando a gente começou a ouvir Jessie J, ele já era amigo íntimo dela”.
Quem me dera, ser amigo íntimo de Jessie J. Mas sim, tenho muita história com ela, que culminou, inclusive, com o seu último show no Rock in Rio, em 2013. Era o ano que eu finalmente estava conhecendo todo mundo do POPline (tem muita gente espalhada por todo o Brasil), mas o encontro foi rápido: logo cedo no festival, eu queria garantir um espaço bem próximo do palco, para ver Jessie J de pertinho.
E vi. E chorei muito com “Who You Are”, uma das minhas músicas preferidas. Então, por isso, você pode imaginar como eu estava em uma espécie de êxtase e nervosismo enquanto pautava a entrevista, que seria focada em seu show de volta ao Brasil, depois de seis anos, dessa vez, além do Rock in Rio, também em São Paulo.
Com a minha melhor vibe profissional, claro que me permiti dar uma leve tietada assim que Jessie J falou ao telefone e logo depois de nossos cumprimentos introdutórios.
“Oi, Jessie J! Primeiro de tudo gostaria de te dizer que sou um grande fã seu, desde o primeiro single, e que estou muito feliz em estar conversando com você agora”, digo, tentando dar uma vibe profissional ao meu lado fã. Jessie, sempre muito simpática, responde prontamente: “Aww, Muito obrigada! Você é muito doce.”
A partir daí, começamos a conversa séria, sobre seu show no Brasil e seu amor pelos fãs brasileiros. É também muito evidente o quanto Jessie J é uma artista e uma pessoa madura, certa de si, confiante.
Estamos finalmente em setembro, o mês que você volta ao Brasil. Está muito animada para isso?
Ah, eu mal posso esperar! Todo mundo sabe o quanto eu amo o Brasil, todo mundo sabe da minha grande conexão com meus fãs brasileiros e o quanto eu gostaria de voltar mais do que eu já voltei. E dessa vez vou voltar para o Rock in Rio e para o meu próprio show. E essa dedicação e amor dos fãs são muito queridos por mim e eu mal posso esperar. São os últimos shows da turnê, então será uma celebração.
E dessa vez, como você já disse, você vai tocar em duas cidades, no Rio de Janeiro, no Rock in Rio, e em São Paulo. Vai haver alguma diferença entre esses dois shows?
Todo show que eu faço é diferente. Meus fãs, eu os chamo de “loucos”, eu não acredito que eles vão ver meu show mais de 100 vezes, mas eles vão. E eles me falam que sempre amam porque cada vez é diferente. E é isso que eu tento fazer com cada show, que eu tento criar. Eu quero que as pessoas saibam que a minha performance é 100% verdadeira.
Você já tocou no Rock in Rio uma vez, alguns anos atrás, e eu tenho que dizer que eu estava lá, cantando muito cada uma das músicas, foi um show incrível. Como você se sente ao estar voltando para esse festival com novas músicas e em um momento diferente em sua vida?
Cada um dos shows, cada uma das vezes… E é por isso que eu gosto do Brasil, porque só fui algumas vezes e foram grandes momentos da minha vida. E cantar novas músicas, eu nunca vi os fãs brasileiros, cara a cara, cantarem essas músicas, cada letra. E eu sei que eles cantam. E isso é uma conexão com a música que é tão incrivelmente poderosa que eu nunca deixo de me maravilhar toda vez que eu faço um show onde eu vejo as pessoas cantando a música. E eu sei que os brasileiros têm uma energia mágica.
E eu também lembro que você desceu do palco, no fim do show, e distribuiu abraços e beijos aos fãs da primeira fila. Podemos esperar algo parecido dessa vez?
Oh meu Deus! Onde eu estava? Não me lembro… Mas eu encontrei aquele menino da primeira fila do Rock in Rio, ele foi em um show meu, ele é um homem agora.. E eu perguntei como ele estava e ele ficou espantado que eu lembrava dele e eu perguntei ‘Você não está chorando’. E ele disse, ‘Não, eu estou bem.’ E isso me fez sentir tão bem. Claro que tinham outras pessoas na sala chorando. E o que você percebe é que a música é algo tão legal. A música está lá quando as pessoas precisam dela e é uma experiência. Tipo, uma música que você ouve no rádio e de primeiro momento ela não te afeta, mas anos depois você ouve de novo e pensa ‘Oh meu Deus, essa música é tudo para mim.’ E essa é a beleza da música, ela nunca morre. Ela vive pra sempre para qualquer um que precise, quando precise. E esses momentos são tão especiais quando você vive, ao ajudar alguém a passar por algo doloroso, mas também ver que eles voltam ao show e você vê que eles estão em um momento melhor. Isso é incrível. Tão recompensador.
Que músicas você acha que não pode deixar de fora do seu repertório aqui no Brasil?
Ah, Deus! Eu não sei! Quando eu penso no Brasil, eu penso no Rock in Rio, quando eu fui, e eu apresentei muitas músicas do álbum “Alive”. Então tem que ter “It’s My Party”, “Sexy Lady” e “Wild”, tenho que manter.
Eu tenho que dizer… “Bang Bang”, pra mim, você não pode deixar de cantar, já que vai ser a primeira vez que você apresentará essa música aqui no Brasil.
Sim! Claro! “Bang Bang”, “Masterpiece”, “Flashlight”. Mesmo que não tenham sido single, tenho algumas músicas que não posso deixar de fora do set. Quanto mais músicas você lança, mais difícil é de criar um setlist, porque todo mundo quer tudo.
Você é colocada em uma posição bem difícil…
Sim! Exatamente! Até meus melhores amigos, eles vão em um show e eu tenho que editar a setlist em meia hora e eles ficam tipo ‘não!’, mas falo pra eles que não posso cantar tudo, eu tenho que acelerar. Então é bem difícil escolher o que cantar, mas dá tudo certo no final.
Há alguns anos, você voltou aos holofotes ao ganhar o reality show “The Singer”. Há planos para mostrar para nós brasileiros alguns daqueles lindos covers?
Eu não penso exatamente nisso.Às vezes eu inicio um cover aleatoriamente, se a energia pede. Mas eu não sei o que vai acontecer lá, eu tento deixar tudo o mais aberto possível. Eu trabalhei tão duro naquelas performances, que eu estou tão grata que elas saíram bem.
Você foi maravilhosa naquela competição! Eu assisti cada um dos vídeos e fiquei maravilhado!
Aw, muito obrigada! Eu amei cantar essas músicas!
E o que mudou na sua vida, como pessoa e em sua carreira, depois dessa competição?
Eu sou agora muito mais respeitada e celebrada como cantora do que antes. E eu viajar o mundo, pelo Reino Unido, Europa, Brasil, todos os lugares, mas a China me fez sentir que minha voz é muito especial e eu não percebia. Eu estou muito agradecida por esse tipo de amor, apoio e celebração à minha voz. E eles também me permitiram ser eu mesma em uma competição que eu nunca vi do lado de cá e, sabe, sou muito grata por ter mostrado minhas tradições, como eu sou de verdade e ter permitido minha personalidade brilhar. E eu sou grata, por exemplo, o mundo ocidental e a mídia sempre falou de mim, mas não tanto quanto quando eu estava no programa. E eu sou grata por isso, por ter me permitido passar por algo novo, aprender algo novo, viver algo que não se adaptava a mim, que na verdade eu que tive que me adaptar a ele. Então sou muito grata pela experiência, pelas músicas, que eu não teria a chance de cantar em nenhum outro lugar. Filmado com grandes padrões, em frente a uma plateia. Foi uma experiência de uma vida. E eu me sinto muito abençoada, eu realmente sinto.
E você tem algum artista brasileiro que você gostaria de colaborar em uma música?
Eu estou animada para ver as artistas femininas no Rock in Rio e eu claro já vi vários artistas brasileiros maravilhosos, seja nas mídias sociais ou meus fãs me marcando em coisas, e eu adoraria ver tudo isso ao vivo, porque pra mim isso é quando a verdade vem à tona, sabe? E as pessoas se transformam. Talvez depois do Rock in Rio, de ver todas as garotas se apresentarem, podemos formar um super grupo brasileiro. Lançar uma versão brasileira de “Bang Bang”, quem sabe?
Eu gosto da ideia!
Eu também. (risos)
Jessie, nós estamos tão felizes que você está voltando ao Brasil que nós do POPline queremos te fazer uma festa de boas vindas! Nós temos esse lugar, chamado Casa do POPline, e nós podemos te juntar com teus maiores fãs para curtir um dia juntos lá. O que você acha? Você topa?
Eu tenho que ver em minha agenda, se minha agenda estiver livre, eu estarei lá e pronta para festejar!
Chegando ao final da entrevista, antes de você ir, eu, como fã, tenho que perguntar. A música que você escreveu para Britney Spears, há alguns anos, acho que se chamava “Bitch, I’m Britney”, ou algo assim. Ela existe?
Não! Eu nunca escrevi a música toda! Eu escrevi esse verso da música e algumas partes e essa informação vazou, mas nunca existiu por completo.
Sério? Que pena!
Sim, nunca existiu.
Jessie, eu gostaria de agradecer mais uma vez por essa incrível conversa, mas antes de nos despedirmos, você pode mandar uma mensagem para o POPline e seus fãs brasileiros?
Minha mensagem é: o respeito e amor e apreciação que eu tenho por vocês é mútuo, porque eu sei que vocês sentem tudo isso por mim senão não seria capaz de voltar ao Brasil e fazer esses shows. O mais importante que posso dizer para qualquer um de meus fãs é “continuem sendo vocês mesmos”. E sejam vocês mesmos o máximo que puderem, todos os dias. Celebrem suas diferenças, celebrem suas singularidades, celebrem vocês meses e curtam suas vidas. Apreciem. A vida pode ser muito curta e é importante que a gente a aprecie enquanto podemos.
Ah! E sobre o novo álbum? Jessie J fez mistério, mas garantiu que vai começar a produção de seu novo disco nos próximos dias, da mesma forma como foi produzido o “Who You Are”: “Gravando o que sair dos ensaios.”
Se conhecemos bem Jessie J, grandes coisas vêm por aí.
Jessie J está prestes a se apresentar no Brasil e antes mesmo de chegar ela já está conversando com vários jornais. O Jornal O Globo publicou uma entrevista com a cantora, onde ela fala sobre o show no Rock in Rio, o novo álbum e o momento atual da sua carreira. Confira:
Jessie J: ‘Quando eu surgi, não conseguiam dizer com o que eu parecia’
Atração do Rock in Rio e com show também em São Paulo, cantora de ‘Price tag’ e ‘Bang bang’ quer que público faça parte do espetáculo
Uma estrela pop de fato e direito, a inglesa Jessie J , de 31 anos, avisou no último dia 24 aos seus 8,5 milhões de seguidores no Instagram que iria sair por um tempo da rede social para se concentrar “na vida real”.
— Era algo muito importante a fazer. Não tem a ver com Instagram, mas com o fato de que eu quero criar, me inspirar, o que era difícil com tantas informações todo dia na minha cabeça. É igual quando você sente aquela necessidade de ir para o campo respirar ar puro — conta por telefone a artista que volta ao Brasil este mês para shows em São Paulo (dia 27, no Espaço das Américas) e Rio de Janeiro (29, no Palco Sunset do Rock in Rio ).
Sucesso mundial com as músicas “Price tag”, “Domino”, “Nobody’s perfect” (de seu álbum de estreia, “Who you are”, de 2011) e “Bang bang” (com Ariana Grande e Nicki Minaj, lançada no terceiro álbum, “Sweet talker”, de 2014), Jessie não conseguiu outros hits na música, mas só faz ampliar sua celebridade nos últimos anos — seja na TV, como jurada técnica do “The Voice Kids” da Inglaterra, ou em Hollywood, como namorada do astro Channing Tatum . No entanto, ela diz não levar a sério o jogo da mídia — a carreira musical continua a ser a prioridade:
— A fama é parte do meu trabalho, é algo que posso usar de uma forma criativa.
No Rio de Janeiro, Jessie dividirá o Sunset dia 29 com um time de atrações brasileiras eminentemente feminino, do qual farão parte IZA , Alcione , As Bahias e a Cozinha Mineira e Kell Smith .
— A melhor coisa na vida é ser mulher e poder se comunicar com outras mulheres, será uma noite incrível — avisa ela, dando pistas do que fará em seu show. — Cantarei os singles de todos os meus álbuns e mais algumas das minhas músicas favoritas. Não há expectativas, nem roteiro, gosto que os meus shows sejam diferentes cada noite.
No ano passado, depois de quatro anos sem lançar álbuns, a cantora voltou com nada menos que dois discos. Experimental, mais voltado para o r&b moderno, “R.O. S.E.” foi a reunião de quatro EPs conceituais: “Realisations”, “Obsessions”, “Sex” e “Empowerment”. Já “Christmas album” foi o seu álbum de Natal, onde cantou canções clássicas como “Jingle bell rock”, “White Christmas” e “Silent night” (o nosso “Noite feliz”) com produção de mestres como David Foster, Babyface, Jimmy Jam e Terry Lewis.
— Eu sempre procurei fazer coisas diferentes na minha vida e nunca quis ser confinada a um gênero, a uma caixa. Quando eu apareci, em 2010, os jornalistas e os críticos não conseguiam dizer com o que eu me parecia. Sempre quis ter o meu próprio lugar, celebrar a minha individualidade — diz Jessie. — “R.O.S.E.” era uma terapia, algo que eu precisava fazer para mim mesma, não importava se eu fosse lançá-lo ou não. Já o disco de Natal era aquilo mesmo: eu gravando canções natalinas com alguns dos meus produtores favoritos e tentando fazer algo que pudesse durar além das festas.
Ainda em 2018, a inglesa apareceu na sexta temporada da competição de canto chinesa “Singer” e saiu de lá três meses depois como a primeira cantora estrangeira a vencer o programa, com quase metade do total de votos do público chinês.
— A beleza da China está em todo o mistério que ainda existe lá para os ocidentais e na forma com que os chineses caminham pela vida, na música que eles fazem — avalia. — Fiquei muito feliz por ter sido aceita pelos chineses, mesmo tendo sido criada em uma tradição tão diferente, que é a inglesa. Meu canto nunca foi tão bem aceito, em nenhum outro lugar, quanto lá.
Em 2014, Jessie J se mudou de Londres para Los Angeles, onde, ela dizia, era vista de verdade “como uma cantora”. Hoje, de volta à sua cidade natal por causa do “The Voice Kids”, ela reflete:
— A felicidade vem da sua trajetória na vida, e eu vivo na estrada. Minha casa é onde meu coração está, e minha casa sempre será o Reino Unido, mas posso viver em qualquer lugar — diz, ela, que não deixa de se preocupar com os efeitos do Brexit. — Seja lá pelo que o Reino Unido está passando agora, ele vai sobreviver.
Nos próximos dias, Jessie J entra em estúdio para começar mais um álbum.
— Pretendo gravar o que quer que saia dos nossos ensaios. Meu primeiro álbum foi assim. Ele foi o meu disco mais bem-sucedido justamente porque eu não tentei ser algo diferente, eu simplesmente fiz com que acontecesse. E é o que eu vou tentar fazer de novo. Quero criar grandes canções, e se elas soarem um pouco diferentes do que de costume, é assim que vão ficar.
Os ingressos para o show da Jessie J em São Paulo ainda estão disponíveis no site da Ticket360. Já os do Rock in Rio, estão disponíveis na venda extraordinária pelo site Ingresso.com.
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